Na Época Moderna, que se inicia no século XV e finais do século XVIII, houve um grande dinamismo civilizacional do Ocidente. Uma vez recuperadas da fome, da peste e da guerra, as cidades europeias desenvolveram-se, incluindo as elites burguesas e aristocráticas.
Graças aos povos ibéricos, conseguiu-se descobrir as rotas do Cabo e das Américas.
Outra grande descoberta, foi a revolução das técnicas e dos conhecimentos como a náutica e a cartografia, que passaram a ajudar a dominar o espaço planetário; a pólvora e as armas de fogo; a imprensa, mas propriamente os caracteres metálicos e a prensa de impressão, que contribuiu para o intercâmbio de ideias, da difusão de noticias e consequentemente da expansão cultural.
É neste contexto que surge o Renascimento, isto é, um termo criado para designar uma renovação cultural baseada na Antiguidade. Descobriu-se o Homem e todas as qualidades, sendo criado a partir disso o movimento humanista, o Antropocentrismo. A arte adaptou a Antiguidade sendo retomados pelos artistas o nu, os seus temas e estilos. A investigação científica renasceu, foram revistas verdades, e o espírito crítico e racional influenciou na descoberta dos segredos do universo.
Expansão do Renascimento
· Itália:
O berço do Renascimento localizou-se nas cidades italianas. A família Médicis governava Florença e era uma grande protectora das letras e das artes, assumindo-se como o centro da nova cultura renascentista.
No inicio do século XVI, Roma surgiu como centro cultural renascentista devido ao mecenato dos papas Júlio II e Leão X que contrataram artistas para embelezar a capital italiana.
A República de Veneza também se apresentou como sendo o centro renascentista, justificando-se com a pintura colorida e exuberante de variados artistas e das suas famosas oficinas tipográficas que contribuíram para as impressões de grandes obras do Renascimento.
· Europa:
- O Norte da Europa, os países baixos entraram em conflito com Itália. No século XV viram a pintura atingir um elevado grau de aperfeiçoamento técnico: os flamengos eram reconhecidos pelo segredo da pintura a óleo de grande riqueza temática; o holandês Erasmo de Roterdão é considerado o melhor representante do ideal humanista.
- Em França, é devido ao mecenato que há um reconhecer da cultura renascentista, uma vez que foi construído o Colégio de França para impulsionar os estudos humanistas.
- Na Alemanha, emergiram pintores em que os retratos continham o pormenor descritivo e a percepção psicológica.
- Em Inglaterra, o humanismo celebrou as figuras de John Colet e Thomas More.
-A Península Ibérica, tinha a universidade de Alcalá de Henares, que não ficou imune ao movimento da recuperação dos clássicos.
Importância de Lisboa e Sevilha:
A Península Ibérica, sem esquecer a cultura clássica, foi no entanto, pelo afluxo de mercadorias ultramarinas, pelos conhecimentos geográficos e pelo conhecimento técnico dos mares que a Península avançou as descobertas europeias.
Lisboa:
Graças às navegações portuguesas para as ilhas atlânticas, para a África, para a Índia e Brasil, Lisboa tornou-se na metrópole comercial do Mundo. O porto de Lisboa começou a ter uma grande concentração de navios e pessoas devido aos novos contactos com a Europa, África, Ásia e a recente descoberta da América.
As especiarias, transmitiam, um fascínio para os mercadores e curiosos que visitavam Lisboa.
Lisboa, desde o século XV assumiu o lugar da metrópole política, uma vez que o rei D. Manuel mandou erguer uma nova morada, Paço da Ribeira, transferindo para o cujo rés-do-chão, os armazéns da Casa da Mina e da Índia. D. Manuel deixou memória no seu último reinado pela reconstrução urbanística de Lisboa.
Em 1527 houve um grande dinamismo demográfico, ou seja, Lisboa teve um grande aumento populacional, devido ao movimento do porto de Lisboa.
Sevilha:
Cristóvão Colombo, conduziu Espanha no fim do século XV á descoberta da América. Apesar de Espanha não ter recebido especiarias, recebeu em grande quantidade de ouro e prata ( a América passou a ser um projecto colonial para Espanha).
A junção entre Espanha e os territórios americanos deu-se pela Carreira das Índias, ou Antilhas, com partida e chegada a Sevilha, o que fez com que a capital económica de Espanha.
O porto de Vera Cruz (México) e o porto de Cartagena (Colômbia) eram os portos que armazenavam todas as riquezas da América Central e do Sul, para depois serem transportados para os barcos espanhóis: ouro, prata, açúcar, couros e plantas tintureiras.
Tal como Lisboa, Sevilha recebia muitos representantes das grandes firmas estrangeiras, que aguardavam com ansiedade a chegada dos galeões que traziam ouro e prata. Estes dois produtos desenvolveram de tal forma Espanha que criou uma nova vida ao capitalismo comercial europeu.
Contributo Português
Os descobrimentos marítimos proporcionaram variados saberes técnicos e científicos como:
a) Inovação náutica
· Leme montado na popa do navio, permitia uma facilitação na manobragem do navio.
· Bússola que permitiu traduzir as linhas de rumo das cartas-portulano.
· O astrolábio e o quadrante eram instrumentos de orientação a partir dos astros.
· Surgiram as caravelas, navios velozes que pesavam no máximo 150 toneladas.
· Construíram-se naus e galeões por que necessitava-se de navios maiores e mais resistentes, tinham um peso entre os 500 e as 700 toneladas.
b) Cartografia
A cartografia medieval, excluindo as cartas-portulano, era simplista. Pode-se comprovar com os planisférios T-O, em que a Terra era representada como um disco plano, era constituído por três continentes (Europa, Ásia e África) e era rodeado de oceano. Mas, nos séculos XV / XVI, a cartografia europeia inovou-se com um aperfeiçoamento notável com o planisfério de Cantino, em que os continentes e mares se aproximavam mais da realidade.
Os Portugueses proporcionaram uma observação atenta da Natureza, devido aos Descobrimentos:
· Adquiriu-se uma mais correcta percepção dos continentes e mares.
· Explicaram-se regimes de ventos e de correntes marítimas.
· Provaram-se a habitalidade das zonas do Equador, a esfericidade da Terra e a existência de antípodas.
· Alargaram-se os registos étnicos, botânicos, zoológicos e cosmográficos.
Conclusão: substituí-se a acanhada perspectiva mediterrânico-continental por uma visão oceânica do Globo
conhecimento científico da Natureza:
O verdadeiro conhecimento científico da Natureza apenas surgiu no século SVII, quando os resultados das observações e das vivências experiencialistas foram justificadas pela reflexão teórica e matemática.
Leonardo da Vinci foi um dos homens mais importantes do renascimento europeu, pois contribuiu para a definição de método científico (Leonardo defendeu a experiência como a grande mestra do Homem). Produziu-se na Renascença um conjunto de progressos nas áreas da álgebra e da geometria.
O Homem renascentista revelou uma mentalidade quantitativa quando recorreu á utilização dos números.
A ostentação das elites cortesãs e burguesas:
No Renascimento houve atitudes socioculturais que testemunham a crença na superioridade do Homem. Salienta-se a ostentação das elites cortesãs e burguesas, com a prática do mecenato (incentivo e patrocínio de artistas e letrados em actividades artísticas e culturais) e o estatuto de prestígio dos intelectuais e artistas.
Na sociedade, alegria pela existência foi mais mostrada pelas elites sociais ou cortesãs, onde tanto havia nobres e burgueses em busca de ascensão. Estas elites viviam rodeadas de luxo, conforto, beleza e sabedoria, acabando então por serem criadas as cortes que constituíam um círculo priveligiado da cultura e da sociabilidade renascentistas. Daí nascer a figura do cortesão, que era considerado a imagem perfeita e ideal do homem do renascimento, apesar de na prática não o serem. O cortesão deveria-se apresentar como:
· Modelo de talentos físicos e intelectuais.
· Tendo qualidades morais.
· Tendo boas maneiras.
A vida quotidiana das elites burguesas era fortemente condicionada por exigentes regras de comportamento social: a civilidade. Portanto, a civilidade renascentista tornou-se mais importante e exigente do que nos tempos medievais.
O Estatuto de prestígio dos intelectuais e artistas:
Foi referido anteriormente de como foi importante a criação das cortes para o mecenato. Encarregavam aos mecenas grandiosos projectos que envolviam arquitectura, estátuas, túmulos, retratos, entre outros (os mecenas pretendiam deixar o seu nome imortalizado). Ao disputarem as suas residências e os outros trabalhos, os mecenas expressavam o prestígio e a consideração que o Renascimento impunha aos seus intelectuais e artistas.
A realidade do mecenato em Portugal:
O mecenato em Portugal, não era tanto “utilizada” como Itália, mas a corte régia portuguesa provou também a sua sociabilidade e cultura renascentistas com grandes festas de casamentos reais ou de embaixadas.
Quer D. João II, quer D. Manuel I no que se refere ao mecenato não pouparam as despesas para receber humanistas estrangeiros, ou para financiar bolsas a estudantes portugueses nos centros renascentistas. (D.João III, fundou o Colégio das Artes em Coimbra). Os reis portugueses também patrocinaram grandes obras arquitectónicas como por exemplo o Mosteiro dos Jerónimos, e contrataram artistas estrangeiros para a corte, para elevar a arte e a glória dos seus reinados.
Os caminhos abertos pelos humanistas:
Os intelectuais do Renascimento, os humanistas, defendiam a excelência do ser humano, que consideravam bom e responsável, inclinado para a perfeição. Sobressaiu assim, o antropocentrismo – teoria que defendia que o homem estava no centro do universo.
Valorização da Antiguidade Clássica:
Os humanistas tinham um encanto pela Antiguidade. Por isso, para compreenderem e traduzirem os documentos encontrados tiveram de estudar grego, aperfeiçoando a língua latina. Ao mesmo tempo que divulgavam os clássicos, os humanistas recuperaram as Sagradas Escrituras (Bíblia), permitindo-lhes ler o Novo Testamento e para lerem o Antigo Testamento tiveram de aprender hebraico.
O ensino alterou-se: inseriu-se o conhecimento da Antiguidade, tendo de se estudar latim, grego, hebraico, a literatura, a história e as filosofias antigas.
Os humanistas criaram obras onde imitavam os autores greco-latinos, praticando os mesmos géneros literários e as mesmas temáticas (nomeadamente mitológicas). No caso Português tivemos os Lusíadas de Luís de Camões que enalteceu o povo português por ter ido á descoberta do caminho marítimo para a Índia.
Guiadas pelo antropocentrismo, os humanistas consideravam que o individuo se distinguia no mundo pelo uso da razão. A racionalidade deveria ser logo exercitada nos jovens pelos professores. Procuravam, os humanistas fazer uso da razão e de um espírito crítico para denunciar comportamentos indignos e imaginaram sociedades ideais - utopias.
A reinvenção das formas artísticas:
O Renascimento assistiu a uma autêntica revolução no campo da arte. A nova estética irradiou Itália de um profundo classicismo (tendência estética que considera os valores clássicos latinos e gregos como modelos a imitar). Enquanto os humanistas procuravam documentos, os artistas procuravam estátuas e monumentos descobertos pelas escavações arqueológicas em Roma.
Mas, a admiração pelos clássicos nunca conduziu a uma imitação servil. Demonstraram uma capacidade técnica quando fizeram espaços perspectivados e pintaram a óleo. Distinguiram-se dos clássicos com o seu naturalismo na representação de humanos, animais e paisagens.
· Pintura:
No geral, a pintura comungou da paixão pelos clássicos, tinham o gosto pela representação da figura humana, por isso reflectiu-se na pintura uma redescoberta do Homem e do indivíduo. Também se pode destacar a pintura renascentistas pela sua criatividade e originalidade devido á existência de um novo espaço pictórico,
A. Pintura a óleo, invenção flamenga do século XV, tem durabilidade e possibilidades de retoque nas obras de arte; variedade de matizes e de gradações de cor.
B. Terceira dimensão, o campo de visão do observador, é estruturado por linhas que tendem a unificar-se no horizonte. É nesse campo de visão que podemos chamar pirâmide visual, construíram um espaço tridimensional, marcado pela profundidade, pelo relevo e pelo volume das formas. Leonardo da Vinci utilizou o sfumato que nos permite ver os objectos locais com maior nitidez.
C. Geometrização: para compor as cenas, os pintores adoptaram formas geométricas (com preferência na pirâmide).
D. Proporção: Dimensões de espaços pictóricos com rigor matemático.
E. Representações naturalistas: enquadram-se no movimento de descoberta da Natureza e de valorização do real. Adoptou-se pela expressividade dos rostos (com sentimentos – alegria, tristeza, ternura) e de reflectir traços da personalidade como a firmeza, a doçura, a bondade, entre outros.
· Escultura:
No Renascimento, recuperou-se a grandeza da Antiguidade Clássica, voltando a estátua equestre a triunfar.
A. Humanismo e Naturalismo, inspirados na Bíblia e na mitologia, os artistas interessaram-se pela figura humana com os ossos, músculos e personalidade.
B. Equilíbrio e racionalidade, mostrou uma especial atenção pela composição geométrica, utilizando-se mais a pirâmide.
C. Aperfeiçoamento técnico, os escultores dominaram com facilidade os materiais utilizados - mármore, pedra, bronze, terracota ou madeira.
D. Estudos da perspectiva, que permitiram proporção e naturalismo á escultura, tanto na estatuária como nos baixos-relevos.
· Arquitectura:
Foi na Itália, que a arquitectura renascentista se afirmou e definiu as principais características:
A. Simplificação e racionalização dos edifícios:
-matematização rigorosa do espaço arquitectónico a partir de uma unidade – padrão.
-Relações proporcionais como a altura, largura e profundidade.
-Simetria absoluta: planta centrada.
-Perspectiva linear: edifícios assemelham-se a uma pirâmide visual, de forma a criar o ponto de fuga para o altar.
-Linhas e ângulos rectos: volta-se á horizontalidade dos edifícios.
-Preferiram-se as abóbadas de berço e de arestas.
-Utilizou-se preferencialmente o arco de volta perfeita.
A arte em Portugal: O Manuelino
Do ponto de vista arquitectónico, o Renascimento não queria aspectos decorativos aplicados à velha arquitectura gótica. Mas em Portugal, a arquitectura gótica renovou-se e multiplicou os motivos ornamentais, dando origem a um novo estilo híbrido: o Manuelino.
Desde o século XIX, o Manuelino foi considerado um estilo artístico muito português, com grandes ligações às Descobertas marítimas (tendo um contexto de nacionalismo romântico e de patriotismo).
As características arquitectónicas e decorativas tem as seguintes características:
· O gótico final.
· A influência árabe.
· O naturalismo, com elementos ligados aos Descobrimentos.
· O exotismo nas colunas e colunelos.
· Os símbolos reais.
· Os símbolos cristãos.
Do ponto de vista estrutural, o estilo gótico foi mantido, mas introduziram-se algumas alterações:
· Associaram-se a uma profusão de arcos de variados feitios.
· Associa-se também a abóbada rebaixada.
Na decoração, o manuelino caracteriza-se pelo uso das formas naturalistas, misturando-se os elementos marinhos com a vegetação terrestre.
A persistência do Gótico e a sua renovação decorativa explicam que a escultura portuguesa estivesse ligada á arquitectura. No século XVI, há um surto escultórico na decoração, na estatuária e devemos aos vários artistas, uma obra multifacetada, onde o gótico, o manuelino e o classicismo se fundam na perfeição.
Nos séculos XV / XVI verifica-se uma renovação na pintura portuguesa. Tudo isto se deve aos contactos culturais, uma vez que os artistas estrangeiros traziam para Portugal as novidades.
Destacou-se a oficina de Nuno Gonçalves devido á aplicação de valores renascentistas nos famosos Painéis de S.Vicente e às oficinas do Mestre da Lourinhã em Lisboa.
A Reforma Protestante:
Em vez da Igreja apoiar os crentes nos momentos mais angustiantes, oferecia um triste exemplo de desunião. O Cisma do Ocidente manteve a Cristandade dividida na obediência em dois Papas, o de Roma e o de Avinhão.
Os Papas do Renascimento não foram modelos de virtudes nem de concórdia cristã. Os papas nunca esconderam os seus filhos, e escandalizaram com o luxo das suas cortes. Bispos e prelados acumulavam benefícios e ausentavam-se das paróquias.
Como a Igreja e os seus ministros não auxiliavam os crentes, alguns destes caíram na superstição e no fanatismo. As críticas á Igreja começaram quando Wiclif apelou para o estudo da Bíblia, que considerava a única fonte de Fé. Associado á Heresia (negação ou dúvida de algumas verdades da Fé católica por um cristão baptizado), estiveram padres pobres que se aliaram aos camponeses na luta contra os senhores. Os humanistas criticaram a corrupção e a hipocrisia do clero não poupando a ambição dos eclesiásticos. Com a palavra dos humanistas preparou-se a Reforma – Cisma ocorrido na Igreja católica durante a primeira metade do século XVI, resultando disso uma ruptura teológica e numa nova concepção da Igreja.
A Reforma apenas se concretizou no século XVI quando Martinho Lutero decidiu dar um passo decisivo. Lutero vivia torturado pelos seus escrúpulos e obcecado pela salvação da alma, colocando uma questão a si próprio “ Como pode alguém levar uma vida perfeita perante Deus?”. Devido às leituras bíblicas, Lutero resolveu o problema da salvação da alma, inspirando-lhe uma ruptura teológica no cristianismo.
Essa ruptura Teológica ficou conhecida por Reforma Protestante e foi causada pela questão das indulgências. As indulgências eram concedidas pelo Papa aos fiéis pela prática de obras boas, como a esmola, a peregrinação, a oração, o jejum, mas também pela oferta de somas de dinheiro. Outra solução era a venda/ compra das indulgências para perdoar os que não efectuavam as suas penitências. O problema foi que essa respectiva venda vulgarizou-se de tal modo que tornou-se uma forma cómoda de aligeirar as penas devidas.
Como eram necessários fundos para avançar com a obra da Basílica de S. Pedro em Roma, o Papa Leão X autorizou a expansão das indulgências para a Alemanha. Contra essa situação, Lutero afixou na porta da catedral de Wittenberg, as 95 teses contra as indulgências, em que acusava o Papa e os dogmas da Igreja, porque defendia que a salvação da alma dependia da Fé e não das boas obras. Excomungado pelo Papa e banido do Império, Lutero impôs a doutrina que esteve a criar - o luteranismo.
· A justificação pela Fé é a grande base doutrinária de Lutero, aplicando-a como a nova doutrina da salvação. Mas a Fé era uma questão de eleição, de graça divina, por isso abriu caminho á teoria da predestinação (desígnio de Deus sobre a salvação de cada um).
· Lutero considerava a Bíblia como única fonte de Fé e autoridade doutrinal.
· Lutero advogou que a missa em latim desse lugar á cerimónia litúrgica em alemão acompanhados da comunhão.
· O culto da Virgem e dos Santos foi abandonado.
· Foi rejeitada a distância entre o clero e os laicos.
· O celibato e as ordens religiosas deixaram de existir.
· Foi negada a autoridade do Papa.
· Apenas o Chefe de Estado (rei) seria o “ bispo provisório”.
· Sacramentos: Baptismo e Eucaristia, considerando os restantes falsos.
Concluindo, para Lutero a prática cristã necessitava de uma relação pessoal do crente em Deus.
O luteranismo rapidamente se expandiu na Alemanha, apoiado pelos príncipes e nobres uma vez que o Chefe de Estado se podia apoderar dos bens da Igreja alemã. A imprensa do ponto de vista cultural também ajudou a divulgar as ideias de Lutero e da nova Bíblia traduzida.
O protestantismo de Calvino foi o mais significativo dos movimentos reformistas a seguir á ruptura luterana. João Calvino, francês, saiu do seu país devido às perseguições religiosas, fixou-se em Genebra publicando a tradução francesa “ Da Instituição da religião cristã ” que redigia anteriormente em latim e que continha a sua essência doutrinal – o calvinismo.
· Base da sua doutrina era a justificação de Fé, o sacerdócio universal e na autoridade exclusiva da Bíblia.
· Predestinação absoluta, afirmando que nenhum ser humano perderia a graça da Fé se nascesse com ela.
· Apenas Calvino competia a interpretação do Evangelho.
· Sacramentos: Baptismo e Eucaristia.
· Calvino defendia a supremacia da Igreja sobre o Estado, o que transformou Genebra numa sociedade teocrática.
A Reforma surgiu na Inglaterra para a Anglicanismo. Tudo começou com a recusa papal em relação ao pedido de divórcio de Henrique VIII, decidindo este aplicar o Acto de Supremacia que o fez ser automaticamente o Chefe Supremo da Igreja em Inglaterra.
· Embora a tradução da Bíblia para a língua inglesa, Henrique VIII manteve-se fiel ao dogma católico.
· Apenas quando Isabel I subiu ao trono, o protestantismo foi consolidado, sob forma de anglicanismo.
· Defendia a justificação pela Fé.
· Autoridade eclesiástica da Bíblia em matéria de Fé.
· Sacramentos: Baptismo e Eucaristia.
· Negada o culto dos santos, imagens e relíquias.
· Negada autoridade do Papa.
· Hierarquia sacerdotal foi mantida.
· Celibato mantido.
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